Foi um filósofo grego que nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C.
É considerado um dos principais pe
nsadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis e as coisas visíveis.
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos e inicialmente entusiasmou-se com a filosofia de Crát
ilo, um seguidor de Heráclito, mas após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates, tornou-se seu seguidor e discípulo.
Em 387 a.C. fundou a Academia, uma escola
de filosofia com o propósito de recuperar e desenvo
lver as idéias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.
Ao voltar para Atenas passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pes
quisa de diversas áreas do conhecimento como, ciências, matemática, retórica, além da filosofia.
Na grande maioria dos diálogos, a figura central é Sócrates, que interroga, argumenta e discute com um vasto leque de personagens, na maioria dos casos sofistas ou figuras que representam a estrutura da cidade. Alguns deles são expressa
mente dedicados ao mestre, quer para contar o processo de que foi alvo e a sua defesa em tribunal (Apologia), quer a sua permanência na prisão (Críton), quer os últimos momentos antes de beber a cicuta (Fédon).
A coleção das obras de Platão compreende trinta e cinco diálogos e um conjunto de treze cartas. Os seus diálogos podem ser considerados dent
ro de quatro períodos distintos:
Diálogos considerados de juventude ou socráticos, até cerca de 390 a.C. (antes da morte de Sócrates).
Apologia de Sócrates
Críton ou Do DeverCármides ou Da Sabedoria
Eutífron ou Da Santidade
Diálogos ditos de transição:
Hípias Maior ou Do BeloRepública - livro I
Ménon ou Da Virtude
Diálogos de maturidade (escritos provavelmente entre 387 a.C. e 368 a.C.):
Fédon ou Da Alma
Banquete ou Do Bem
República - livros II a XFedro ou Da Beleza
Diálogos considerados de velhice:
Parménides ou Das Formas
Teeteto ou da Ciência
Sofista ou Do Ser
Político ou Da RealezaFilebo ou Do Prazer
Timeu ou Da Natureza
Crítias ou Da Atlântida
Leis (inacabado)
Há ainda outras obras cuja autoria é contestada: Alcibíades I e II, Epinómide ou Do Filósofo, Hiparco, Minos, Os Rivais, Téages e Clítofon.
Fontes: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/obrasplatao.htm e http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/obrasplatao.htm
Correntes de pensamento:
Sócrates – Platão
Platão foi fortemente influenciado por Sócrates. Nascido em 468 a.C., Sócrates buscava provas da existência de um plano inteligente que existiria na construção do Universo. Assim ele se interessou e se especificou no mundo das idéias e não pelo mundo dos fenômenos naturais, segundo sua doutrina, o verdadeiro conhecimento humano é a herança de uma vida anterior em um mundo imaterial. Infelizmente ele não deixou seus pensamentos com obras escritas, porém estes ficaram conhecidos nos diálogos de Platão, que continuou a doutrina de Sócrates.
Platão – Aristóteles
Diz-se que é impossível discutir Aristóteles (384 – 324 a.C.) sem relacioná-lo com Platão. Platão fundou a Academia de Atenas, que reverencia o mundo das idéias, pois as realidades físicas, materiais, sensíveis, concretas, não alcançam o “ideal” de perfeição que a representação mental propicia.
Aristóteles duna o Liceu, que se distingui por acreditar que a lógica e o bom senso são causados pelos nossos sentidos básicos. Formula então, a teoria das quatro causas: Formal, Material, Eficiente e Final.
Síntese das idéias:
Uma idéia muito recorrente nos textos de Platão é a aplicação do mito da caverna, no qual prisioneiros sentam-se de frente para a parede do fundo de uma caverna e vêem somente as sombras da realidade que acontece fora dela. Para Platão, nosso mundo é, portanto, a reprodução de um mundo ideal e o mundo das idéias só seria alcançado pelo uso da razão. Segundo o filósofo, tudo que é pertencente ao mundo das idéias é eterno, como por exemplo a nossa alma em oposição aos nossos corpos.
A partir dessa teoria, Platão desenvolveu pensamentos sobre diversas áreas da sociedade clássica como por exemplo a teoria platônica da beleza, que diz que o homem se apaixona primeiramente pela beleza corpórea e em seguida pela moral. Um outro exemplo está no livro "A República" no qual ele diz, entre outras coisas, que o poeta deve ser expulso da república ideal uma vez que o poeta representa o que por si só já é uma representação.
Para Platão, a Beleza causava enlevo, prazer, arrebatamento, deleitação. É o brilho ou esplendor da Verdade, existindo uma identificação final entre a Verdade a Beleza e o Bem.
A beleza de um ser material qualquer depende da maior ou menor comunicação que tal ser possua com a Beleza Absoluta, que subsiste, pura, imutável e eterna, no mundo supra-sensível das Idéias.
Platão via o universo como dividido em dois mundos, o mundo em ruína e o mundo em forma. O nosso mundo, este mundo sensível que temos diante dos nossos olhos, é o campo da ruína, da morte, da feiúra, da decadência. O mundo autêntico, o mundo em forma do qual o nosso recebe existência e significação, é aquele mundo das essências, das Idéia
s puras. É o mundo eterno e imutável que existe acima do nosso e que chama o daqui para seu seio.
O belo para Platão é o bem, a veracidade, o perfeito.
O belo está afastado do mundo sensível e mora no mundo das idéias, e também pode ser determinado pela idéia suprema da beleza.
Onde o belo se encontra?
A idéia do belo está no mundo das idéias, sendo colocada c
omo absoluta e eterna, uma idéia de perfeição.No mundo real, para a beleza existir, são necessários três requisitos à pessoa/objeto: ser bom, verdadeiro e belo, contudo tal beleza se apresenta apenas como sombra da Beleza Absoluta.
O que caracteriza o belo?
Para entender Platão são necessários três indispensáveis critérios:
Todo conhecimento tem que ser racional;
Todo conhecimento tem que ser objetivo;
Todo conhecimento tem que ser universal.
Segundo Platão belo é o bem, a verdade e a perfeição existem em si mesmas, e residem no mundo das idéias.
Sua dialética se direciona em duas direções, o mundo das idéias, do conhecimento, e o mundo das coisas, dos humanos.
A beleza absoluta é pura, imutável e eterna no mundo das idéias, essa é a verdade para Platão. Para ele a alma humana passa por uma degradação quando se une no corpo, ela é eterna, não nasce e nem morre, não aumenta nem diminui, não é feia, mas também não é bela.
Fonte: Livro Iniciação a estética de Ariano Suassuna, http://renatobpassos.sites.uol.com.br/ e http://www.espacoacademico.com.br/046/46cvale.htm
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