7.5.10

Teoria Aristotélica da beleza

Aristóteles tem uma visão bem diferente da de Platão quando se trata de Beleza. Segundo seu pensamento, a beleza de um objeto não depende de sua participação em uma beleza absoluta. Decorre apenas de certa harmonia entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo. Para Aristóteles, a beleza exige, entre outras características, a grandeza (imponência) e ao mesmo tempo proporção, sendo assim, uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena, pertence ao campo gracioso e não ao da beleza.

Aristóteles percebeu que a beleza incluía outras categorias além do belo. As características essenciais da beleza seriam a harmonia, a grandeza, a medida e a proporção.

Aristóteles via o mundo como vindo do caos, passando a ser regido por uma harmonia, mas é como se restassem vestígios da desordem anterior e os homens tivessem que ficar numa luta incessante para levar adiante a vitória incompleta da harmonia sobre o caos.

Uma grande contribuição de Aristóteles para a estética, foi a de tirar a beleza do plano ideal tentando encontrar sua essência nos próprios dados das coisas. Outra contribuição, foi ter incluído a Comédia, arte do feio, em suas teses enquanto todos os pensadores excluíam o Feio.

Na “Retórica”, Aristóteles examina a fruição da obra de arte e as características da Beleza do ponto de vista do sujeito, do ângulo psicológico, chegando a conclusão de que o prazer estético decorre da simples apreensão do objeto, pelo espírito do sujeito. Porém, a contribuição mais importante de Aristóteles quanto a essa parte da essência da Beleza, foi tentar uma definição objetiva dela do ponto de vista realista e sem recorrer a outra coisa para explicá-la que não o próprio objeto.

Aristóteles procurou abordar a Beleza em todas as suas relações ao mesmo tempo.

Aristóteles toma o conceito de mimeses (imitação) como representação superior do sensível e não como a reprodução imperfeita do absoluto.

Para concluir, pode-se dizer que para Aristóteles, a beleza é uma propriedade do objeto e consiste na harmonia das partes de um todo que possua grandeza e medida. As três características principais da Beleza são harmonia, grandeza, e proporção. Aristóteles pressente a fragmentação do campo estético, tanto que incluí a comédia neste.

Texto baseado no livro "iniciação a estética" de Ariano Suassuna

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